12/05/2013

Minha diferença está no que sinto. E o que sinto não é de ninguém. Nem de mim. Minha inspiração vem dos altos montes, dos violinos e dos violões que vem do horizonte de meu desejo – que é o desejo de todo mundo ao mesmo tempo. Não, não sou alguém que sabe o que o mundo quer, mas sabe o que o mundo sabe, sem saber que sabe... Todo mundo pensa estar em um mar de possibilidades e de juventude que nunca assumiu estar, mas a força que temos quando dizemos sim é única. Única porque não nos deixamos vencer por todas as coisas que nos falam, de que estamos errados, ou que somos loucos ou ingênuos. Ingênuos somos se não acreditamos no vento que ouvimos, que, no fundo, é o som de nossa própria voz, ecoada em um amor que quer abraçar o mundo com uma vontade que não acaba mais. Vontade que não é um mero arroubo ou todos os arroubos ao mesmo tempo, porque o tempo nunca é o limite do que somos, mas o não-limite que podemos ser – e seremos, e somos...

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