Pesadão
Que não traz pulsos como signos
Mas ogivas
Aparelho
Feito para soar o aviso
Final
No dia da bomba D, o mundo
Pelos ares
Passado repentino, pleno
Sumiço
De todo traço de memória:
Um punhado de sal
Cuspido pelo telefone preto
No dorso anfíbio da memória
Que não traz pulsos como signos
Mas ogivas,
Oração de pombas
Vomitando na varanda,
Detonaria a última senha.
Explosão que agora repousa
Na feira de antiquários
Próximo à taça de cristal
Azul
De granizo
O deposto Rei dos Mapas
Em
vertigem
Leva e traz o mundo
Repartido em tubos
Na caixa de papelão.
De cada uma das linhas
No papel azul
Emana potência divina
Pulsa o rio
Que se reparte em
Rodovia
Que se reparte em posto policial que se
Reparte em cratera que
Se reparte
Em alma
Que morre quando se água
E desce
(Assim neste ritmo de
Acaba a partir de hoje
No compasso em que
O Rei dos Mapas
Cheio
De si enrola a cartografia
Onde se escondia pontilhado
O Éden
No mapa que o velho vendeu por 36 reais).
Nenhum comentário:
Postar um comentário