12/15/2007

nº 20




Foi um pedaço bruto de carvão, não diamante,
o que sobrou depois de comprimir a dor. Tudo bem,
qualquer um pode escrever nas paredes do mundo, armar seu grafite estranho,
ilegível, corrosivo,
ruminando pérolas opacas. Ao fundo, a angústia
de não reconhecer os códigos, mas isto se torna quase um alívio:
incompreensível, ninguém lhe tocaria.
Encontrar dói.

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