Até parecem reais estes dias
atravessados por índices, deslocamentos de rotas, planos,
conversas à mesa, canções antigas,
retratos, desafios, mas
você está solto no mundo, caçador
em desamparo na selva
de antenas (no meio do caminho), interrogando a noite
que contabiliza desastres no seu curso,
e aí, neste hiato, percebe em toda órbita
uma ficção
que sua solidão engendra, nas horas expectantes,
na sua urgência de ritmo
e, diante da impossibilidade de poesia
resta colecionar imagens do pavimento em sobressalto,
este aí, o mesmo
que seus pés agora estão reconhecendo
numa carícia bruta, lenta,
surda, recorrente.
atravessados por índices, deslocamentos de rotas, planos,
conversas à mesa, canções antigas,
retratos, desafios, mas
você está solto no mundo, caçador
em desamparo na selva
de antenas (no meio do caminho), interrogando a noite
que contabiliza desastres no seu curso,
e aí, neste hiato, percebe em toda órbita
uma ficção
que sua solidão engendra, nas horas expectantes,
na sua urgência de ritmo
e, diante da impossibilidade de poesia
resta colecionar imagens do pavimento em sobressalto,
este aí, o mesmo
que seus pés agora estão reconhecendo
numa carícia bruta, lenta,
surda, recorrente.
(das Notas Marginais)
3 comentários:
O Aldemar, oi pessoal
andei meio sumida, muito trabalho!
gostei, tem ritmo forte, impacta, mesmo que faça uma distinção˜entre real e ficcão? será isso mesmo?
a foto é sua?
beijos para todos
Masé
Puxa, Masé, tava com saudades reais de seus poemas. este que você mandou, mandou bem.
Sei lá se faço esta distinção. Aco mais que instauro a dúvida, mas isso também é uma dúvida.
seja muito bem vinda.
beijos
Ah, a foto sampleei de um site português - mas parece que foi tirada para este poema, não acha?
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