Por via das dúvidas
Não duvide:
eleS querem te derrubar.
Os cemitérios ecléticos
Estão com os dias contados.
O anjo, boca entupida de musgo,
Implorando aos céus
Que não joguem pesados granizos
De pé sobre o globo de bronze
Acima da máquina calculadora
De um curvado Poseidon
Tudo isso sobre o renome
Do glorificado paulistano
Bisneto de mata-goytacases
Tudo isso cairá por terra
E quem exige é ninguém
Menos que a cidade.
(A bomba depositada
Na biblioteca central
Jogou a entomologia na prateleira
Dos manuais de política
E a genética tomou o número 2
Das velhas religiões)
Ou seja não vacile
eleS querem te espremer
Como um limão.
Não esteja por inteiro
Em qualquer lugar
Nem mesmo em seu nome
Dito próprio
Também evite ficar nos apelidos
“O anônimo das ruas”
Na voz de Cid Moreira
É outro nome, pois não
Invente um plano de fuga:
A ferrugem dos dentes.
2. Trace uma elipse, elida-se
No bate-papo cotidiano.
3. Mergulhe no andarilho que circula
Entre os vãos do apartamento
4.(Ângulos retos acumulam energia negativa?
Então vá lá colher suas armas)
5. Leia-se como quem sorteia
Palavras recortadas de um jornal.
6. Não espere a vingança dos leões.
Um comentário:
gostei muito do plano de fuga ("mergulhe no andarilho...")
E vc pegou umas elipses muito boas (e quem exige é ninguém/ menos que a cidade")
bacana, Daniel.
Postar um comentário