Pertencer,
Imediatamente e por inteiro.
Que te abandonou.
Livrar-se
Da areia do deserto que você
Carrega na bolso como quem
Chega da praia (como quem confunde
O rumor do mar com a aproximação
Do exército inimigo).
Ou da próxima vez
Derrube-se o poste ao lado certo.
Retirar-se agora à procura do
Espaço onde plantar
Os pés, qualquer missão, mas só
Das compartilhadas.
O nome certo de Deus
Uma ferida reconhecível
Saber quais pecados e
Em nome de quem confessar
Ou passar três dias
Diante do espelho à espera
De Lúcifer, que seja.
“O Pisciano é raro, especiaria
Tipo pimenta-do-reino”
Ou versar sobre as idéias
Que não estão no lugar, qualquer
Via em saber ser
Opinativo, acender os Oito-Olhos
Que você faz de tudo pra apagar
Usando óculos escuros à noite, até porque
Os Oito-Olhos estão aqui dentro
Com você, você sabe,
E neste momento se ocupam
Das certezas perdidas
Sobre as quais você se lamenta
Como quem andou comendo
Carne podre.
Ser, de uma vez,
Ou cresça e desapareça.
Arrume de corpo e alma a
Sua
Sub
Missão,
Desertor:
Nítidos
Não misturar amigos com inimigos
(Sobretudo não amar
Os inimigos, ouviu
Demiurgo dos açougues falidos?)
Não pender
Como um saco vazio
Em frente ao supermercado
Não cair
Como um anzol sem isca
Entre o peixe e a ilusão
Até que te encontrem com hora
Marcada, num dos seiscentos
Lados
Do campo de batalha.
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