Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
4/09/2007
e outras coisas chatas
voando na bola de fogo ainda mais o fogo os fogos cronópios, famas sem fama e tanta vaidade para NADA e nada nem fogo nem coisa nem
Antes: que bom que vocês apareceram de novo, Masé e Anderson. Incomodando, causando aquele deslocamento chato, mas VITAL.
Depois de dois dias polêmicos no Café em Cronopios, leio esse poema pensando na Guerra de Egos. Mas só fico na dúvida porque denunciar os Egos dos outros pode ser mais uma estratégia do Ego. Aquele lance: pedir humildade já é estranho, porque quem é humilde de verdade não poderia se orgulhar de ser humilde. E acabo de receber um e-mail me criticando por uma suposta modéstia convencional, só porque eu disse que não sou Gênio. A modéstia seria mais um artifício retórico de minha extrema vaidade... Na Guerra não tem conversa, pessoal, ninguém se faz entender. Ninguém está certo ou errado, e estamos condenados ao pior que a solidão, o isolamento. Enveredo por um caminho pessoal, mas deixa eu te dizer uma coisa Anderson, que acho que seu poema vai nesse ponto: às vezes acho que os elogios e a vaidade a que você alude em nossos dias parece ser mais uma coisa desesperada, do tipo: Se eu acreditar com muita força que vivo entre pessoas geniais serei redimido juntamente com eles. Seu poema é mesmo agressivo, mas entendo isso como a agressividade da situação. Mas às vezes penso que o dilema é montado por um jogo moral meio esquisito entre vaidade/humildade. O foda mesmo é o deserto que não deixa margens, tem dias.
Primeiro que bom ter você aqui de novo, Anderson. O mesmo para Eli que postou recente, e para Masé, já dito abaixo. Entendo o que o Daniel disse. vi ainda há pouco o tiroteio ainda no ar no Café e ia até postar -mas percebi que meu possível comentário ia cair num vazio, num Deserto, como nomeia o Daniel. A coisa de chamar a atenção para a estratégia fajuta dos Egos de plantão, esta estratégia de tentar demonstrar o embuste poderia ser fagocitada pelos egos vorazes e retransformada em deserto, mais deserto, e areias estéreis voando. Não postei. Prefiro regar por aqui ou enviar mensagens pessoais pra gente que escreve textos de que gosto. Ou enviar novos textos para a Cronopios, ou... E esta coisa de ficar chamando A, B, C ou D'aniel de gênio nada mais parece do que a tentativa de fundar uma nova igrejinha, mas com alicerces bem antigos. Anderson: adorei o título do poema. O corpo, acho que poderia colocar mais questões. Talvez. grandea abraço, caro epistolar! E concordo com a Orides - o saber nem sempre obtém resultados saudáveis. Às vezes é destrutivo.
A única tristeza é que aquelas vozes acabam se tornando hegemônicas num espaço tão interessante e democrático como o Café, que aliás foi o ponto de partida para a amizade entre Daneil, eliana, Anderson e eu. O lugar é bacana, mas a vibração dos convivas tem andado distorcida....e perde-se o foco.
Caraca, o que é aquilo? E tudo começou com uma "crise paranóica" do Carlos Emilio, coisa esquisita. Adorei os textos da Mathilda, penso que ela tem estilo, voz própria. Gente...
7 comentários:
oi anderson
que coisa é essa?
parece uma coisa agressiva
uma coisa gratuita
o que nem é ´nem
de quem a vaidade?
sua
minha
ou do nosso hidrabião?
Antes: que bom que vocês apareceram de novo, Masé e Anderson. Incomodando, causando aquele deslocamento chato, mas VITAL.
Depois de dois dias polêmicos no Café em Cronopios, leio esse poema pensando na Guerra de Egos. Mas só fico na dúvida porque denunciar os Egos dos outros pode ser mais uma estratégia do Ego. Aquele lance: pedir humildade já é estranho, porque quem é humilde de verdade não poderia se orgulhar de ser humilde. E acabo de receber um e-mail me criticando por uma suposta modéstia convencional, só porque eu disse que não sou Gênio. A modéstia seria mais um artifício retórico de minha extrema vaidade... Na Guerra não tem conversa, pessoal, ninguém se faz entender. Ninguém está certo ou errado, e estamos condenados ao pior que a solidão, o isolamento.
Enveredo por um caminho pessoal, mas deixa eu te dizer uma coisa Anderson, que acho que seu poema vai nesse ponto: às vezes acho que os elogios e a vaidade a que você alude em nossos dias parece ser mais uma coisa desesperada, do tipo: Se eu acreditar com muita força que vivo entre pessoas geniais serei redimido juntamente com eles. Seu poema é mesmo agressivo, mas entendo isso como a agressividade da situação.
Mas às vezes penso que o dilema é montado por um jogo moral meio esquisito entre vaidade/humildade.
O foda mesmo é o deserto que não deixa margens, tem dias.
longa mensagem...
Abraços!
Daniel.
Orides Fontela:
"Destruição
A coisa contra a coisa:/ a inútil crueldade/ da análise. O cruel/ saber que despedaça/ o ser sabido.
A vida contra a coisa:/ a violentação/ da forma, recriando-a/ em sínteses humanas/ sábias e inúteis.
A vida contra a vida:/ a estéril crueldade / da luz que se consome/ desintegrando a essência/ inutilmente."
Primeiro que bom ter você aqui de novo, Anderson. O mesmo para Eli que postou recente, e para Masé, já dito abaixo.
Entendo o que o Daniel disse. vi ainda há pouco o tiroteio ainda no ar no Café e ia até postar -mas percebi que meu possível comentário ia cair num vazio, num Deserto, como nomeia o Daniel. A coisa de chamar a atenção para a estratégia fajuta dos Egos de plantão, esta estratégia de tentar demonstrar o embuste poderia ser fagocitada pelos egos vorazes e retransformada em deserto, mais deserto, e areias estéreis voando. Não postei. Prefiro regar por aqui ou enviar mensagens pessoais pra gente que escreve textos de que gosto. Ou enviar novos textos para a Cronopios, ou...
E esta coisa de ficar chamando A, B, C ou D'aniel de gênio nada mais parece do que a tentativa de fundar uma nova igrejinha, mas com alicerces bem antigos.
Anderson: adorei o título do poema. O corpo, acho que poderia colocar mais questões. Talvez.
grandea abraço, caro epistolar!
E concordo com a Orides - o saber nem sempre obtém resultados saudáveis. Às vezes é destrutivo.
nossa
acabo de ler o café do cronopios
fiquei enjoada....
muito chata essa coisa
cuidado, esse tipo de discussão pode destruir a poesia
e esse papo de gênio
papo brabo
pois classificatório
a eliana é muito linda, fica como voz dissonante
A única tristeza é que aquelas vozes acabam se tornando hegemônicas num espaço tão interessante e democrático como o Café, que aliás foi o ponto de partida para a amizade entre Daneil, eliana, Anderson e eu. O lugar é bacana, mas a vibração dos convivas tem andado distorcida....e perde-se o foco.
Caraca, o que é aquilo? E tudo começou com uma "crise paranóica" do Carlos Emilio, coisa esquisita. Adorei os textos da Mathilda, penso que ela tem estilo, voz própria. Gente...
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