Me cansei de comer sangue.
Queimam-se
As pernas pesadas
Nas pedras ao molho pardo.
Delicadas tripas são
Mal arranjadas
Nesta habitação de morcegos, aqui
Sou neoqualquercoisa axiais,
Ortodoxiais, ortovocabalures
E o diabo me carreguei
No vento das definições.
Nos dias atuais mastigo bolor
Mais celulose e a química do corpo
Do sapo peçonhento
Cospe novas faixas
Oblíquas
Entre as três oficiais
Da avenida, por
Dentro dos olhos de quem mastiga
O indefinido.
O novo camarada, o Senhor Solstício
Embaralha sombra pra todos os lados
E a luz fria se lamenta contra
O viajante do meio-dia
Que pretendi desassombrar, o vencedor
Em nome de tudo, a lei
No coração, as estrelas
Nos olhos. A nostalgia das cachoeiras.
Mastigamos finas agulhas de cristal
Bebemos o reflexo do sol na areia
Que sempre corre mais rápido:
Conceitos são momentos coagulados.
Um comentário:
sinestésico ... belíssimo, Daniel.
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