Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
1/27/2007
Sômbrios e Inébrios, ou Silêncio Honra Bailarino
Esquentam já os tamborins:
A agonia de um tôco no seco
Envolto em moita, na chuva,
Pro carro não ver e quebrar.
Eis armada a lembrança,
Tempos após, de dias tristes.
Um ensaio de hiato e vamos envolvidros.
Na dela mente loira, essa fórmula:
Pasmo futuro implora por passado.
Embreante, uma puxa outra batida
Na cadência esparsa dos acidentes
Faixa ao peito, foliões em fuga
À praia sêca.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Você é o Bustrofedon de Tres Tristes Tigres!!
Hehehe :) Em tempo, a já tradicional legenda:
No caminho da Praia Sêca, a caminho de um carnaval desses, um colega de trabalho disse que estava passando de carro, no meio da chuva. Num ponto, de um lado da estrada parecia que um atoleiro tinha se formado, e do outro lado havia uma moita. Ele jogou o carro para a moita, achando que havia terra mais firme por ali. Só que a moita escondia um toco de árvore mal cortado, que ferrou com o eixo dianteiro dele. Daí o causo. (A gravura da Eli pra mim se assemelhou à visão repentina dessa moita.)
Ah, e "Silêncio Honra Bailarino" => "Hino Nacional Brasileiro" ;)
Postar um comentário