Me flagrei pedindo a ela pra me explicar aquela música, “gostas mais dos elefantes do que de mim”. O principal com os elefantes é que eles são completamente inofensivos, apesar do seu tamanho. Daí as expressões que falam de elefantes pra descrever situações de pura perplexidade.
Desde a invasão das legendas publicitárias (o teu amor é como um fosso que me cerca de beijos trocados num dia de eclipse, a essência da vida está brega), não há mais pureza (aquela pureza que feria e nos fazia pensar em mensageiros nas vidas passadas) para as palavras amor, esperança, amizade, flores, alegria, luz, fogo, verde, revolta, perdão, solidão, liberdade, etc;
mas arranco esta esperança agora da minha boca como se ela estivesse cheia de agulhas luminosas. Por favor, aceite estas flores e se depois delas nada for dito entre nós, seja em agradecimento ou em análise crítica sobre a situação desbotada das pétalas negras que proliferaram pela sua casa, pelas ruas, quem sabe ao menos elas (as flores) se salvem.
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