Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
1/14/2007
manuelina
: a estrela da minha vida
é quase inteira
perdi algum pedaço na viagem
no ritmo do meu passo
passar cada luar
cada sorriso
passar cada vez mais
passar cada vez mais os paraísos
em que não haja rei
lá serei sábio louco pálido
tranquilo
lá serei pai e filho
terei a mulher que quero
do jeito que escolherei:
passar cada vez mais os paraísos
passar cada vez mais
passar de vez
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5 comentários:
oi norek
bacana
só retirava o primeiro verso e começa direto com
a estrela da minha vida
bjs
masé
é, Masé, cheguei a pensar nisso.
é uma observação legal - só que me acostumei ao primeiro verso de uma tal maneira (este poema tem mais de dez anos, uns 13 ou 14), e por outro lado gosto da apropriação da gíria, mesmo sendo, como trocadilho, meio capenga.
enfim....
mas valeu pela leitura atenta!
beijos
aldemar
é acho que o trocadilho tira a força do poema, cai na gague boba....
protesto!
Caramba!
vai rolar passeata?
tudo bem, me dá 24 horas que o tico e o teco vão pensar melhor sobre o que vc falou.
depois das deliberações escrevo....
bjs.
taí: depois de intensas e acaloradas discussões de mim comigo mesmo, onde uma parte aceitava e ratificava a sugestão e outra reagia por mero apego a um verso (quebrado), resolvemos desfincar a bandeira....
até porque se é pra passar de vez, que o verso passe também, de vez.
obrigado.
beijo.
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