Ah, o amor.
Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
3/04/2007
Aurora
Tirei as cartas da gaveta. Joguei fora protetores de ouvido, óculos escuros, cinturões. Fiz ir ao ralo os vômitos dos exageros. Já me esqueci das unhas arrancadas, uma a uma. Elas estão aqui, de novo. Queimei carteira de trabalho, diplomas, diagnósticos. Não ouço mais os sintomas.
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Um comentário:
Eli, gostei muito deste aqui.
bjs
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