Os dois eternos rivais, o de olhos curtos de pomba e o de grande omoplatas de orangotango, numa coisa concordaram: o discurso emerge e se contrapõe à pura voz grotesca de dor e prazer. Escravos têm voz, não discurso. É do corpo que vem a voz, é do corpo que brota a escravidão.>
Modernistas tinham muitas fazendas.
No comércio sujo em que o que está à venda é o vigor do corpo, a energia que faz do sopro pulsar uma voz, que tensiona os dedos sulcando a tela de palavras, filósofos e poetas (dignos desse nome) nunca se venderam.
Sempre foram compradores.
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