O carro olhos-reluzentes-onça-paluá
( Com o poeta por dentro
Dos parênteses fumê)
Estaciona, para o gozo das normalistas
Na cabeça do poeta
Que proclama
50 e tantos anos depois
O manifesto inaugural
De um movimento que marcará (marcou)
A literatura brasileira.
O poeta não
Sente, mas os aplausos se quebram
Como vidro em seus ouvidos
Que guardam as vísceras
De um pássaro doente:
Ave do mau augúrio,
Decadência do sonho ocidental
Em solo brasileiro,
Enquanto as normalistas jogam
Bolinhas de não amassado
Em sua fronte consagrada:
O poeta sempre apaga o cigarro
Na coxa da boneca inflável
3 comentários:
Eu sou ta fã, Daniel.
TUA fã.
o poeta não sente mais?
o poeta deixou de sentir?
adorei o filme!
Postar um comentário