no entanto, ser
amanhã não mais
nem vagas
de espuma feito sal horas vãs
súplicas negros
ais:
marcas (ins)criptas no teu ser (quão ermo)
o olhar desaba sem alarde
e sai, de fininho:
fragas ante fragatas no ar onde naufraga o mar
gelado sob a pele
corrente
ou silencia em zona escura um coração tão branco
a pele água da pele viva
onde a palma plana
aquece plana se insinua:
ser - um vôo provisório
amanhã não mais
nem vagas
de espuma feito sal horas vãs
súplicas negros
ais:
marcas (ins)criptas no teu ser (quão ermo)
o olhar desaba sem alarde
e sai, de fininho:
fragas ante fragatas no ar onde naufraga o mar
gelado sob a pele
corrente
ou silencia em zona escura um coração tão branco
a pele água da pele viva
onde a palma plana
aquece plana se insinua:
ser - um vôo provisório
(2005)
2 comentários:
Oi Aldemar,
gostei deste poema, mas algumas partes parecem construídas demais. e eu tiraria alguns dos "e".
sobre o lirismo: acho que há uma certa onda repressora, sim, mas também poderia dizer que há uma onda que incentiva, até demais. Sei lá, deve ter a ver com o grande mercado das identidades literárias.
O que me dá um pouco de receio com o lirismo é uma certa possibilidade de ornamentação da banalidade, do poeta como conselheiro sentimental. Acho Carpinejar um saco
putz, tenho que confessar que tbm acho o FC um saco. Uns momentos bons, mas um todo ruim.
É, este poema foi "programaticamente" construído, talvez diante de um beco sem saída do pensamento mesmo. Daí esta sensação de muito "construído", acho.
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