tirarei
cravos da rouxidão
da tua boca
e pela curva
que agora se
mancha
pelos vincos
do teu queixo
não vive
um só momento
na tua pupila
os anos que viram anos
em anos e mais
anos
empilhados
não tenho mais
nenhum verso
em minhas
mãos.
vagabundo.
mirante destruído.
2 comentários:
esta agonia do "não tenho nenhum verso em minhas mãos" é linda e angustiante....não?
e tem uma associação de poesia a trabalho? (por mencionar o vazio de versos ao vagabundo...)
abração
sim, é mais ou menos isso ... quando roçamos a pretensão dos caminhos ...
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