Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
12/18/2006
espalmada
eram aves marinhas. esguias. grasnas gritos pios. uma descida rápida. o parafuso. vinham de uma ilha rasa. vinham do susto. baliza. envelope de pêlos ossos músculos. o atrito. a espreita [intranqüilidade]. ela esbarrada no parapeito, tornozelo de tordesilhas. ela barrada em azuis, as nadadeiras despidas de malva. não soube responder como chegam a terra. o barco cruzando ao longe da água. perversa. vejo-os todos os dias. alto o prédio. ondulante e salgado, o sudoeste entrou traiçoeiro.
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2 comentários:
Oi, Masé. Este jeito de falar de si não falando. Quando a paisagem é espelho.
Masé, tenho gostado muito de tua "voz", parece que se aproxima ao "silêncio" proposto e ainda a perplexidade pela observação de uma existência absurda. se não temos armas, denunciemos pela beleza ...
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