naquela tarde chuvosa
quando a água limpa os traços
de que adianta o esforço das palavras
ágeis plantas alastrando-se pelos muros
contaminar o mundo
com outro mundo
agora seus olhos
atravessam a rua
molhada
invade uma necessidade vital
de ser atingida
uma voz
as coisas
e você estabelece ali sentada
a paz disfarçada de um café
as mãos pelos cabelos lisos.
3 comentários:
Masé, adorei a poesia. Madura e serena.
Eliana, queria passar uma serenidade forçada, escapista na pausa do café... obrigada
bom ver sua poesia aqui. Como em quase todas que li fica em mim uma forte impressão.
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