10/31/2006

uma carta em 31 outubro de 2006

( A Aline, In Memoriam, In infinitum)
A amada morta,
agora

me visita
sem corpo

me escreve
sem carta

carta psicografada
lábio-além

mãos etéreas
os toques tênues

a amada morta,
agora

amada viva, sempre
alerta àquele olho
que sorri

a amada
agora: luz

passos leves
na escada

onde o topo
ninguém o sabe.

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