Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
10/08/2006
(leia no volume máximo)
percorro caminhos lógicos
com a precisão de um poeta
e abasteço
os arsenais da dúvia com delicados lances
descalabros
tomados por empréstimo ao Acaso
retiro as luvas de pelica
e toco o mundo
quente espêsso
àspero insano
vertendo entranhas de uma tarde imprecisa:
compasos sem métrica
regem meu torpor danificado
-UM VILIPÊNDIO A MAIS E FICA TUDO UM BRINCO
retiro também tudo o que disse
sobre qualquer paraíso
-territórios para sempre inacessíveis.
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