7/28/2008

Miragem

Quê de arte existe
no ponto misterioso
onde me encontro?

A vida observa,
- estática -
o tempo que corre
circundando-me
cada vez mais rápido
cada vez mais rápido
cada vez mais rápido.

Os deuses riem,
e apontam seus dedos longos
bem para o meio de minha testa molhada.

Sopros de vida acordam-me.

Sou mãemulheresposa,
again.

O espelho nega.

Nega o espelho.

Again,
esposamulhermãe sou.

Me acordam vida de sopro.

Molhada testa minha de meio o para bem
Longos dedos seus apontam e
Riem deuses os.

Rápidos mais vez cada
rápidos mais vez cada
rápidos mais vez cada
me circundando
corre que tempo o
- estática -
observa vida a.

Encontro-me onde?
Misterioso ponto no
existe arte de quê.

Um comentário:

Aldemar Norek disse...

bacana o poema, a simetria, e a questão proposta: quê de arte existe aqui?
gostei.
bj