Quem disse
que é preciso atenção?
A Elza soa para
ninguém,
e eu, balbucio para poucos:
vivo nos cantos,
nas paredes,
Gregor Samsa afeminado
clamando pelo pai.
E ele:
nada.
(Ele nadava cinco piscinas
e me mandava ficar calada)
Sou voz
- escondida -
na porta do armário,
presa pelo meio,
mordida pela metade,
gosma branca,
cicatriz.
E você?
3 comentários:
Outro conto do Kafka: Josefina, a cantora dos ratos.
to achando muito legal que voce tenha voltado a escrever e postar aqui. é o grande barato desse blog: a pluralidade.
Tô adorando. Só eu sei o quanto estava sentindo falta de escrever. Agora, a torneira abriu...
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