12/22/2012

História, aborteira de utopias

A luz do dia filtrada por uma fria substância lunar, fina película cobrindo os olhos.
Alguém deitado em campo aberto pede ajuda apenas pra dizer qualquer coisa
porque esta é apenas a figura irreal do pânico: uma mulher deitada em campo aberto com despojos lunares

não faz o menor sentido, como pensar que astros sombrios projetam forças estranhas que formam um véu sobre a sua beleza e que por isso você é irremediavelmente triste.

Brasília, cidade grave, dos tons graves em punk-barroco aqui não há como ser lúcido sem a sensação constante de náusea, você não faz sentido, é uma coisa estranha nessa paisagem de funcionários públicos, pedra melancólica que parece constantemente cair, vinda de um lugar muito distante.

Nesta noite sonhei com uma alegria vislumbrada em plena sombra.




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