7/19/2014

Agora, rápido! não tem ninguém
            olhando

            é o custo benefício de toda porta excessivamente
            pesada
            deixa a palavra na ponta da língua um peixe
            ao anzol é a chave
            e uma hora desmaia
            como respira por fora de tudo, alheio ao bom senso
            e cava mais fundo a terra seca e vermelha
            das minhas mãos
            quem sabe outro planeta de ossos partidos
            e trinca a memória
            se a boca fosse detector de mentira às avessas.

            sempre desconfiei de alienígenas
            entre tantos bichos e afetos
            esquisitos flutuando por aí, no sangue
            na água salgada,
            e certa poeira de romantismo na contramão
            do ponto sem nó
            e retorno.

            Agora chega
            que estão olhando pra gente
            faz de conta que não se conhece.


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