12/28/2014

O tempo é passagem entre um lugar e outro, trânsito entre uma pessoa e outra. As pedras que sustentam a ponte no vazio são agora. Mas não existem dois agoras que se toquem. É uma impossibilidade psíquica, histórica e, antes de tudo, física. Quero morrer envenenado de comer um polvo cru. Ser enterrado com o rosto voltado para baixo, porque com o tempo o que está abaixo virá a ser acima, como um cão celestial.  

Um comentário:

leila saads disse...

Vejo o tempo como uma sensação de contínuo numa rede de transitórios e as pontes a memória sobre um oceano (infinito) de esquecimentos.

Gostei do texto:)