O tempo é passagem
entre um lugar e outro, trânsito entre uma pessoa e outra. As pedras que
sustentam a ponte no vazio são agora.
Mas não existem dois agoras que se toquem. É uma impossibilidade psíquica, histórica e, antes de tudo, física. Quero
morrer envenenado de comer um polvo cru. Ser enterrado com o rosto voltado para
baixo, porque com o tempo o que está abaixo virá a ser acima, como um cão
celestial.
Um comentário:
Vejo o tempo como uma sensação de contínuo numa rede de transitórios e as pontes a memória sobre um oceano (infinito) de esquecimentos.
Gostei do texto:)
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