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meu destino quer samplear Rimbaud
madagascar-me a carne até o fim;
não sei o que esperar da vida, e assim
eu nada espero esperando Bardot.
o corvo que me coube é um urubu
que voa baixo aqui no meu Parnaso
cambaio, azul de fome e de olho raso,
seu nevermore não faz sentido algum.
destarte eis que um destino solapado
por solecismos existenciais
não se compraz em me ver detonado
e sem saber o que, por que, quem, quais,
vou sampleando este papo mandraque
prestante a poetas como eu – de araque.
3 comentários:
Mas que o urubu voa bonito, voa.
alguma coisa tinha que se salvar neste soneto. Foi o vôo do urubo....rs
abração
lembra bastante a construção irônica de alguns poemas do Rimbaud, aliás, que saudades de escrever no meu próprio blog ... acompanhem ... semana que vem terei alguns dias de folga
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