
Difícil acreditar na luz, ela
não é nada mais do que outro lado
da treva: e mais que duvidar, você suborna
o coração com lances baratos, em surdina, até
que a iridescência perca sua autonomia,
em ciclos declinantes, sucessivos, como um prazer
ao contrário, bruto, até o chão. Deserto é tanto
o que sobrou quanto
o que estava antes, coalhado
de abismos escavados na planura. Quem foi
que ergueu esta montanha aqui?, ele disse quando galgou
ao cume, diante
da miragem do absoluto, o riso
apontando para onde o coração (deviam
inventar um nome melhor
pra estas deformações, ela disse, que se assemelham muito
a florações) insiste
em construir cenários
imprevisíveis, andando rente,
tentando descobrir porque miragens
nunca reencarnam.
não é nada mais do que outro lado
da treva: e mais que duvidar, você suborna
o coração com lances baratos, em surdina, até
que a iridescência perca sua autonomia,
em ciclos declinantes, sucessivos, como um prazer
ao contrário, bruto, até o chão. Deserto é tanto
o que sobrou quanto
o que estava antes, coalhado
de abismos escavados na planura. Quem foi
que ergueu esta montanha aqui?, ele disse quando galgou
ao cume, diante
da miragem do absoluto, o riso
apontando para onde o coração (deviam
inventar um nome melhor
pra estas deformações, ela disse, que se assemelham muito
a florações) insiste
em construir cenários
imprevisíveis, andando rente,
tentando descobrir porque miragens
nunca reencarnam.
(das Notas Marginais)
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