7/07/2008

Justiça

Seus olhos quentes engolem cada brilho
De minha exposição.

Mas eles nada sabem.

Era uma tarde silenciosa
E o desassossego pousou em meu ombro
Esquerdo.

Era uma tarde, assim, azul,
E o frio veio e não sairá de meu ventre inútil
Nunca mais.

Deus...

Por que justo
- agora -
Des-espero?

4 comentários:

Daniel F disse...

Oi Eliana,

gostei muito. nas suas intervenções mais fortes, pra mim, sempre rola um desvio, você mostra uma coisa que estava escondida, um outro caminho que eu não enxegava. E de um jeito cortante.

Beijo,

Daniel.

Eliana Pougy disse...

Daniel,

esse seu comentário poderia ser escrito por mim, pra você. Beijo grande.

Aldemar Norek disse...

Eliana, de todos os seus poemas este é sem dúvida o que mais gostei.
Conciso e perfeito.
beijos.

Bruna Mitrano disse...

Nossa, que lindo. De verdade.