Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
7/14/2009
Por dentro, por fora
Vivendo como um pária, neste exílio
de uma pátria que não existe, a não
ser na mais absurda alucinação,
nenhum dia traduz o seu sentido.
Mas isso é por dentro: além do corpo,
mundo afora, as coisas seguem normais
em seu destino, superficiais
até o limite e assim é o mundo todo.
Só que isto é por fora: sob estas coisas,
sob a pele das coisas arde um tal
incêndio, uma inconstância, um vago mal
estar sem ponto fixo, entre as doidas
vertigens da espiral que é pensar,
via inútil entre tudo o que há.
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