9/18/2010

touch pad




(a partir da leitura de poema de Daniel Faria)

a dor, dispersa como a luz,
o amarelo secreto
por baixo da evidência
do amarelo (a variedade
interminável de formas
com que destroçamos
a nós mesmos), você se olha
no espelho quando tira a máscara
e vê o rosto igual
àquilo que o escondia
sem saber quem
deformou quem, dois
lados da moeda cunhados
na mesma forma banal, neste jogo
de azar você é o dado
viciado.

Um comentário:

Daniel F disse...

voce tem razão, ficou redundante o lance do koan.

quanto aos poemas, não consigo imaginar uma conversa melhor que a de um poema com outro.

abraço!