Nem quando você dorme você desliga. Um fio de arame entra pelo seu nariz e usando a respiração como ferramenta prende a sua fantasia, uma desgraçada marionete ligada em
patas de aranha manipulam os fios
de sonho pegam a ferrugem do arame farpado
é o inferno da viagem astral: você é um astro de chumbo movido por uma imaginação pegajosa como ferrugem
nas patas de arame manipula os fios ou os fios manipulam as tais patas, meros fantoches dos seus baixos desejos de (auto)
sabotagem, é o inferno na realidade, realidade é
eufemismo de inferno e sonho prescinde
de eufemismos, quem sabe a luz fria
desoxidante da manhã.
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