Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
5/06/2011
Quero que TU meu Deus
Quero que TU meu Deus
me dizimes.
Que me arranques
como um ramo desta vida
e não me jogues
em nenhuma outra
Quero que TU meu Deus
não me circules
em nenhuma água
e que de mim não haja
nenhum rasto.
Que não me apóie
em nenhuma lágrima
caída pela minha fraqueza
Não há nenhum óbice
para permanecer neste lodaçal
de almas pequenas
(confirmado no teu olho
que vitima tua ira santa
e desencanto)
Não quero nenhuma memória
nenhum rito
Quero que TU, meu Deus
me liquides.
Pois nenhuma guerra me reclamou
nenhum poema à margem da DOR
e do tumulto impossível do existir
(Só TU que nunca foi meu Deus.
Rajado no fogo
feito um tigre despedaçando)
Ilha, 06 Maio 2011
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Um comentário:
maravilhoso!
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