5/06/2011

Quero que TU meu Deus















Quero que TU meu Deus
me dizimes.
Que me arranques
como um ramo desta vida
e não me jogues
em nenhuma outra

Quero que TU meu Deus
não me circules
em nenhuma água
e que de mim não haja
nenhum rasto.

Que não me apóie
em nenhuma lágrima
caída pela minha fraqueza

Não há nenhum óbice
para permanecer neste lodaçal
de almas pequenas
(confirmado no teu olho
que vitima tua ira santa
e desencanto)

Não quero nenhuma memória
nenhum rito
Quero que TU, meu Deus
me liquides.

Pois nenhuma guerra me reclamou
nenhum poema à margem da DOR
e do tumulto impossível do existir

(Só TU que nunca foi meu Deus.
Rajado no fogo
feito um tigre despedaçando)


Ilha, 06 Maio 2011

Um comentário:

Eliana Pougy disse...

maravilhoso!