Em memória à esquizofrenia de Kafka
Um território não pertence a quem nele cava
Amacia a terra severa e fecunda
Até que os dedos se tornem raízes.
Mas aos guardiões de olhos mortiços nas suas fronteiras.
*
Em memória à
epilepsia de Nietzsche
Vê-se uma bela escada
Pavimentada com corpos de jovens mortos
E fuzilamentos simulados – a lâmpada
É de eletrochoque altruísta.
*
Em memória à paranoia de Kerouac
Uma figura de Big Sur
Queimada e jogada num cinzeiro.
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