Na varanda do hotel
A moça vestida
De sibila
Desencantada fala em esquecimento
Como gotas sutis que
Caem de sua boca &
Apagam
Pouco a pouco
A paisagem, enquanto isso
Na suíte sacerdotal
Um peixe
Na garrafa de vinho
Cheia de sangue
Insiste
No direito de ser lembrado
Por laudos periciais
Para todo o sempre,
amém.
3 comentários:
Muito interessantes os seus últimos filmes, Daniel.
Imagens ácidas, cortantes, iridescentes.
Tenho gostado de ler, como p ex este peixe aqui.
Sinto uma mudança na técnica tbm, já há algum tempo, os cortes.
Abraços.
Oi Aldemar,
que bom que você tem gostado. ultimamente, to escrevendo pouco e talvez isso tenha a ver com esse estilo mais sintético. saí um pouco daquela verborragia.
to viajando muito nesses dias, por isso demorei pra responder seu comentário.
abraço!
Daniel.
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