2/17/2009

Amérika 4. Thomas Paine in the Ass

Não se viu nada igual no mundo desde os tempos de Noé. Em nossa Arca movida a sopa de bateria automobilística levaremos o pássaro que chora como uma criança e não tem sangue, a concha que menstrua e os espiões enviados por Josué a Jericó (lá mesmo, na Cisjordânia). A Estátua da Liberdade não segura uma tocha, e sim uma espada.

Fique dentro da sua casa com seus entes queridos, amarre um fio vermelho na janela. Quem estiver do lado de fora, o seu sangue cairá sobre sua cabeça e ainda assim nós seremos inocentes.

Como disse Miss Jane a Ayrton Lobo na loja Sapato & CIA no livro de Monteiro Lobato, a Amérika é uma clareira num mundo em trevas – Europa invadida por asiáticos no ano 3300, mudo fatalismo degenerado tomando conta do globo, pobre América do Sul, vi num sonho profético que ela vive em mutação entre dois extremos: uma belíssima prostituta e uma serpente de indescritível fealdade - ambas com o mesmo olhar vidrado, convidativo, do latin lover e dos caudilhos. Só vive a arca iluminada, teleguiada por mensagens divinas.

O Iraque foi um erro estratégico, os sete sacerdotes deveriam ter soprado os sets chifres de carneiro no Afeganistão.

Democracia é pra quem pode, não pra quem quer. A teoria do dominó é a única contribuição à humanidade depois da República de Platão e da The Doom Machine. O governo é necessário porque os homens são perversos (essa frase entrou na lista negra de Mccarthy).

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