2/04/2009

EPITALÂMIO



EPITALÂMIO
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As tuas mãos introduzirão o meu belo membro asinino
No bordel sagrado aberto entre as tuas coxas
E quero confessá-lo, a despeito de Avinain,
Que me faz o teu amor desde que gozes!
A minha boca aos teus seios brancos como queijinhos frescos
Fará a honra abjecta dos chupões sem veneno.
Do meu marsapo macho na tua cona feminina
O esperma cairá como o oiro nas masseiras.

Ó minha puta terna! As tuas nádegas venceram
De todos os frutos polposos o saboroso mistério,
A humildade rotundidade sem sexo da terra,
A lua, todos os meses, tão vã do seu cu
E dos teus olhos brota mesmo quando encobres
Essa obscura claridade que desce das estrelas.



Apollinaire
1907

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