3/09/2009

Crítica literária FBI

“William Carlos Williams faz o tipo de professor distraído. Seus poemas em estilo expressionista podem ser lidos como um código.”

P. ex.

O Carrinho de mão vermelho (trad. José Paulo Paes): tanta coisa depende/ de um/ carrinho de mão/ vermelho/ esmaltado de água de/ chuva/ ao lado de galinhas/ brancas.

Na leitura de Herman Kahn, pai da FUTUROLOGIA: “Primeira questão: por que vermelho? Estamos diante do que definimos como ESCALADA: de um ponto ínfimo que seja, desde que vermelho, a desordem no mundo vai se propagando em progressão geométrica. O branco remete à paz, tratada no poema de modo derrisório, relacionado às penas fedorentas de galinhas molhadas. Em WC a chuva é um acontecimento cósmico, ver aquela imagem das árvores como feras marinhas (stalinismo) ou do amor gratuito como gotas que caem sobre si mesmas (terrorismo ou a pele da mulher amada). Imagens da ordem do que denominamos como The Doom Machine, a interligação aritmética entre bombas com poder de devastação geométrica afastando os inimigos da Civilização. O mal contagia. O mesmo se trata com o mesmo. Eis o recado que WC quis passar aos nossos inimigos, com esse aparentemente singelo poema sem sentido. Não confiemos na falta de sentido. E mostraremos aos tais que não somos galinhas.”

“PS. Desdobramento estratégico para a América dita Latina por Napoleão III: a chuva no caso deve ser pensada como nacional-desenvolvimentismo. Ao perceber que um mar de mijo invadia aquelas bandas, o presidente Schreber resolveu construir uma fortaleza. Ele estava errado porque água se combate com água. O mimetismo é o princípio fundamental da arte da guerra.”

NOTA: Herman Kahn, estrategista da guerra nuclear, fundou o Hudson Institute. Sediado em Wahsington, até 1992 voltado principalmente para estudos na área de segurança/defesa nacional. Depois disso, numa imprevisível e esquizofrência virada (lembrar que segundo Freud a paranóia é o processo de cura da esquziofrenia), o Instituto mudou seu tema preferencial para o multiculturalismo.

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