10/31/2009

A Brtelecom fez um drink com meus colhões

Não dá pra saber se o melhor é simplesmente encher a lata ou girar as bolas com os dedos devagarzinho, o tilintar dos colhões no copo, Vinicius de Moraes curtia muito esse barulho, as veias azuis de absinto, duas doses de sistema, três partes de não podemos fazer nada, a portabilidade de sua alma, gerúndio em pó, cuidado com as palavras de baixo calão, estamos gravando ao seu bel-pesar, o pilão pra macerar as bolas está com a próxima atendente, o call center é um universo em expansão, ao descer aqui as suas bolas são como os olhos daqueles animais esquisitos que vivem no fundo do mar, que é como soa a nossa e a sua voz, sinto muito não estou ouvindo, não a gravação ouve tudo em nosso lugar, estamos brincando de telefone sem fio por acaso?

O toque especial dos veios labirínticos, não são pedras de gelo, são palavras, diz a medusa oxidada, não é o vazio, são os caminhos cruzados diz a spicy pitonisa com sangue amargo de campari, bebida dos infernos enfiada por meio de um funil em tua goela, entendemos o seu sofrimento mas o drink não fica pronto sem o seu nome completo e depois de vinte dias inúteis.

Por enquanto suspendemos o calendário, meu nome é Jessica, Cassandra, Górgone estagiária, os verdadeiros filhosdaputa ensacam lombrigas em pacotes de miojo, se o senhor não estiver satisfeito podemos usar as bolas no tênis de mesa, mudar de jogo, quem sabe as suas bolas não ganharam vida própria num lance tipo assim second life e foram elas que sopraram em nossos ouvidos essa porra toda, mas que o senhor fez alguma coisa, fez, o senhor acha que agimos por acaso?

As bolas ligadas por um fio darão um belo fone de ouvido, entendo sua situação é mesmo chato mas no momento precisamos das bolas, como ouviríamos as suas lamentações sem sentido, o senhor está acompanhando o raciocínio, o senhor conhece a piada das duas bolinhas vermelhas de pingue pongue?

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