Que nome dar a essa aparição?
Aparição? Sereia? Alumbramento?
Que deus nomeia as coisas no momento
exato em que emergem, vivas, do vão
de antes do tempo e dinamitam no ar
estopins do sentido? Desencontro
marcado, espelho de reflexo esconso,
campo minado em que vai tatuar
sua fúria este demiurgo, mestre
da injúria, da mentira e da traição,
os nomes e os seres, sempre em vão
encenam seu balé como um desastre
anunciado e eu – vendido - meço
lapsos no biscate incerto dos versos.
4 comentários:
Caramba, DAniel, só pedrada nas suas postagens.
Amanhã me atualizo nas leituras.
Postei aqui um sonetinho só pra não perder a vaga...
Mas tenho mais alguma pólvora molhada na algibeira.
Abração!
Legal Aldemar, to escrevendo pra caramba. as coisas que mais to gostando não to pondo aqui, por enquanto. é bom poder ler suas coisas também. mais plural o blog fica bem mais arejado.
o único que voce não mencionou aí, deve ser esse o motivo da mentira e da traição. hoje de manhã eu tava conversando sobre isso: como a acídia é o playground do capeta.
Rapaz, são só 14 versos de dez sílabas. Não caberia tudo.
Sobre a acídia, tem uma discussão interessante em São Tomás.
Que bom saber que você está escrevendo pra caramba.
Gostei especialamente,muito mesmo, de "o que você tem a ver?", "mundocão" e "a decadência da classe média não me pega de surpresa" - dá vontade de roubar este nome para um romance, desses de geração, é genial...ahahah.
são 3 poemas do barulho. Desses que eu queria ter escrito.
abração.
quanta inspiração no comecinho do ano! gostei.
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