9/24/2011

Remixagem dos meus poemas sobre o ipê amarelo

O ipê amarelo dos meus sonhos teria flores sem elos com cores quaisquer a não ser
o amarelo em sua pureza de flores se abrindo
ao sol:
amarelo de face metálica, sem outro nome ou mistura
(mesmo o avesso das pétalas ainda teria o mesmo
amarelo, onde eu poderia deitar minha sombra. Ele seria plantado no coração vertiginoso do continente, onde eu repousaria, longe do mar e seu rumor.

O ipê amarelo que tenho diante de mim, porém, é um tronco seco, fino,

um poste
um fio
um dedo
uma forca

Flores amarelas, sem alegria, sem esperança, desmemoriadas, absortas,

absurdas.

Sonhar é fogo. O amarelo mais puro é filho do instante. O ipê se acende e se consome na imaginação, como asas (de anjos): labaredas pétalas.

Um comentário:

Masé Lemos disse...

eu gostei do ipê amarelo