A luz tateia meu rosto
sem olhos,
o vento me aninha
respiro pela pele.
Não há dor nas raízes
que arranham minhas pernas
mergulhadas no húmus
Vida é ritmo de pouso
e procura:
a terra será fecundada
com o pó alucinógeno
que brota dos meus cabelos.
Multidões marcham
eu nada testemunho.
De sangue e água
só conheço temperatura.
Tenho minha própria lentidão
e morro subitamente.
Da história,
nada sei nem saberei.
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