5/11/2013

A luz tateia meu rosto
sem olhos,
o vento me aninha

respiro pela pele.

Não há dor nas raízes
que arranham minhas pernas
mergulhadas no húmus

Vida é ritmo de pouso
e procura:
a terra será fecundada
com o pó alucinógeno
que brota dos meus cabelos.

Multidões marcham

eu nada testemunho.

De sangue e água
só conheço temperatura.

Tenho minha própria lentidão
e morro subitamente.

Da história,
nada sei nem saberei.


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