5/17/2013

Cápsulas vagam no extremo vazio, bolhas sopradas do que não tem começo ou fundo: a deusa noite é uma fenda no abismo do oceano de éter. A película é tão fina que não impede a travessia de estranhos influxos.
O seu modo muito particular de sorrir, o percurso das lágrimas que caem na sua blusa como estrelas que morrem.
Tudo tão sutil e transparente e oculto pelas distâncias infernais. O sublime é o que não pode ser medido. O universo é mais transparente do que o breu absoluto. O tempo estourará como uma água-viva contra os limites da realidade.
Dentro da mínima cápsula, o tirano presenteia o filósofo com um elefante. O dissecador de flores.
Não há ponte visível entre a realidade grotesca e a geometria desses corpos abstratos.

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