11/30/2014

Nasci sem olhos
sem língua
com uma cascata de nadas pulsando
no sangue

vejo o mundo por olhos alheios
canto numa língua que herdamos
e sentidos catados nas ruas

caveiras programadas
à sombra da noite transparente.

*
Calçamento de pedras desoladas
da lua
costura de vozes e sombras
nos santos surdos de pedra –

onde falamos.

*
Atrás dos cogumelos de madeira
molhados de sereno –
uma silhueta sem rosto
vela meu sono.










Um comentário:

Oswaldo martins disse...

Belo poema