3/02/2009

Entre minhas loucuras e sanidades: mais um delírio

Entre minhas loucuras e sanidades: mais um delírio

Entre routes e rotas
Entre pessoas e amigos
Entre crianças e adultos
Indo sempre a Entre Rios
Entre Rios e a Mesopotânia (Fodas a Grécia!)

É realmente possível a terceira margem?
Onde está aquele barqueiro
Entre o lobo e o cordeiro: eu?

Entre rios: qual margens?
Bordas cortando nossos bordados a esperar
nosso estilete a cortar
cicatriz que ciatriza a ferida que fere

Entre lugares (com ou sem hífem fem fem agora?)
Entre mulheres e mães
Entre o trabalho e o ócio
Entre o amor e o pecado
Entre Deus e Beuzebú

Entre o nomadismo sedetário e sedentarismo nomade
Entre jogos de verdade e jogos de linguagem
Entre a porra e o carralho

Não consigo entrar no meu coração
cor ação par coeur
ferido a estar curado

Em busca da trindade (dialética e não dialética; reconciliante e não reconciliante)
neutralizante
em busca da verdade e da paz no nosso inferno de cada dia

Um comentário:

Aldemar Norek disse...

Tem uma coisa curiosa nestes poemas - eles oscilam entre o pensamento poético e o filosófico. Não estou falando pelo fato de alguns termos "filosóficos" do poema...Mas pela forma como o pensamento vai deslizando até o final, fico na dúvida. Isso não é uma crítica, mas uma observação, um estranhamento, e poesia combina com estranhamento, não?
abração