Entre minhas loucuras e sanidades: mais um delírio
Entre routes e rotas
Entre pessoas e amigos
Entre crianças e adultos
Indo sempre a Entre Rios
Entre Rios e a Mesopotânia (Fodas a Grécia!)
É realmente possível a terceira margem?
Onde está aquele barqueiro
Entre o lobo e o cordeiro: eu?
Entre rios: qual margens?
Bordas cortando nossos bordados a esperar
nosso estilete a cortar
cicatriz que ciatriza a ferida que fere
Entre lugares (com ou sem hífem fem fem agora?)
Entre mulheres e mães
Entre o trabalho e o ócio
Entre o amor e o pecado
Entre Deus e Beuzebú
Entre o nomadismo sedetário e sedentarismo nomade
Entre jogos de verdade e jogos de linguagem
Entre a porra e o carralho
Não consigo entrar no meu coração
cor ação par coeur
ferido a estar curado
Em busca da trindade (dialética e não dialética; reconciliante e não reconciliante)
neutralizante
em busca da verdade e da paz no nosso inferno de cada dia
Um comentário:
Tem uma coisa curiosa nestes poemas - eles oscilam entre o pensamento poético e o filosófico. Não estou falando pelo fato de alguns termos "filosóficos" do poema...Mas pela forma como o pensamento vai deslizando até o final, fico na dúvida. Isso não é uma crítica, mas uma observação, um estranhamento, e poesia combina com estranhamento, não?
abração
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