5/25/2009

nº 94





Corpo, labirinto
entre você e o mundo, perdição
de todos os sentidos, um
a um estendidos em seu limite, tantos anos
buscando a saída pela imagem
de que dentro, mais
ao centro, arde
o que encerra o labirinto perdido, miragem
que pulsa, corpo, sobre outros
labirintos, pedra, asfalto, areia,
carne, pensamento
sem a chave do mistério, no distúrbio
de não ser, além
de si e aquém,
algo mais que estas paredes
nuas e sangue e nervos
com o vazio
ao centro.

(das "Notas Marginais").

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