Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
6/19/2009
Oito-Olhos ataca de Cretinélio e
"A regulamentação inexistente é omissa quanto aos documentos exigidos para a petição que o senhor apresenta. Documentos, estes, também inexistentes, os quais, portanto, só podem não conter as informações que não sabemos se são necessárias porque, obviamente, a regulamentação não pode ser encontrada. Com tal grau de omissão, o regulamento e a documentação só nos levam a uma conclusão: a de que qualquer conclusão não será válida, por ser, ela também, inexistente. Mas não temos nada contra a sua petição sem fundamento. Só não entendemos o motivo da urgência: por acaso o senhor viu algum coelho entrar em alguma toca e por isso acredita que caiu num mundo em que toda negação é denegada, não redundando numa síntese mas numa nova negação renegada? Ora, precisamos de tempo para encontrar os motivos inexistentes para respondermos negativamente à sua petição que vemos com bons olhos (os olhos imateriais do espírito que não temos, porque somos materialistas, mesmo sabendo que boa parte do que consideramos matéria é, de fato, vácuo). Assim que acharmos os papéis que se encontram guardados em não-arquivos, que conferirmos as desinformações inencontráveis nos documentos que apenas antevimos com nossos olhos incorpóreos voltados ao porvir (o não-aqui e o não-agora) poderemos dar seguimento à nossa impossibilidade de opinar sobre o assunto. Salvo disposições em contrário."
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Um comentário:
Este Cretinélio é do barulho!
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