Quando você é vulgar: apenas negocia convenções, não domina os segredos, qualquer um pode dizer que árvore é o nome de uma cidade, que cidade é o nome de uma arma, que arma é um sentimento, que sentimento é o nome de um faraó. A língua epistolar é a conversa vulgar no desentendimento, mesmo que este ocasione encontros repentinos e imprevistos. É quando uma criança autista diz pra você: se o mundo gira, porque você não fica tonto?
4/17/2010
corpo, mas
o corpo, mas um pouco além
do corpo, o que o inflama na vertigem
dos hormônios (sim, os hormônios
e suas trilhas velozes, milhares de milhas
por dentro através das décadas, sempre
por dentro, ou mais, cada vez
mais rumo a um longínquo centro carregando
no espaço
de cada instante o que se quer dizer
pelo calor da pele), os poços
escuros onde você afunda
a carne, estreitos,
mas aquilo que acende a sua urgência,
sem nome e sem itinerário,
à deriva como estas
linhas, como estar agora
aqui.
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