6/28/2011

Não se entra duas vezes no mesmo rios

Mais um da série Fazer o Texto Falar (as montagens,
seguindo a técnica dadaísta de recortar as palavras de um texto, sortear
e montar um novo texto). Procuro respeitar ao máximo o sorteio, porque
ele é mais criativo do que eu, só mudo uma ou outra
coisa na pontuação, na concordância. As palavras, portanto, não são
de minha autoria. É da missionária em questão.

"Sim meus queridos mulher-com-homem, deixo de amá-los:
eu quero a lei para demitir a liberdade.

Como a mãe, como o meu empregado, se um rapaz,
como a cidadã, se um rapaz vai pro diário
quero a lei pra mim namorar.

Orientação sexual: missionária católica.

Eu prego nosso direito ao pedófilo
contra mulher com mulher ops
pensando em bolinar a orientação sexual de deputada estadual.

Não sou o próximo,
posso vir trabalhar pensando em demiti-lo,
quero defender a orientação da constituição que acabe com elas
e a igualdade e o respeito à mulher preconceituosa
não vou permitir ninguém querer meus primos lésbicas
se eu contrato, discrimino.

Quero ser oficial, se pronunciar para demitir minhas colegas.

Os direitos são meus filhos, e como.

Vou poder dar testemunho e ser respeitada por minha família sexual,
eu agradeço a escolha de ser uma pessoa muito sexual em casa:
homem com mulher, e um motorista para finalizar:
Malafaia não vai cometer uma disputa em casa, meus queridos,
e ele começa... sexual!

Por exemplo, a república é lésbica e eu não,
e eu convido vocês a demiti-la,
eu represento a pedofilia vestida de mulher:
mostrar que a constitução da maneira hetero me acompanha
e só vou permitir a violência de babá.

Ninguém é o próximo, digamos, pras pessoas lésbicas.

Deus é minha babá para perpetuar o Gênesis.

Deixando claro: eu eventualmente respeito a pedofilia dos deputados
contra a população travesti,
todos são meus filhos, na minha casa
e Deus criou os deputados, com certeza:
uma porta pra fazer nada;
respeito a sociedade federativa dos meus inocentes
e tenho filhos com homem e tenho meu voto.

Eu queria ser a menina de um Brasil sexual.

Amor é outra idade, agora não:
eu sou a babá da lei da espécie.

Clamo e vou clamar, vou orar e não vou deixar: não posso ter sangue
de raça homossexual."

Nenhum comentário: