6/02/2012

A máquina de influir

Estamos todos conectados à realidade

do meu pesadelo enquanto alguém digita depois de ele ter pensado nos meandros da máquina de influir

neste exato momento em que digito neste instante em que antevejo a letra cobrindo de negro o brilho branco da tela até mesmo antes a pregnância da idéia, do pensamento que é um vácuo formal à espera da substância das palavras e todos os processos gerações e gerações de rodas dentadas em tudo isso vê-se a mão delE

no momento do xeque-mate havia um homem oculto sob o robô – o capeta tem um rabo tão comprido quanto as rodas de um monociclo – as lentes do pensamento – o rastejar da lesma sobre o muro, o risco – a alma que é um devaneio de alguém – o teu nome

é como aquela cenoura presa à testa do asno – baixa a bola – cai na real – não me lembro

quem foi que disse isso e quem foi

que disse isso e isso também

que acabei de dizer quem foi?







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